sexta-feira, 9 de março de 2012

Capítulo 2


-tudo bem, mais terá pouco tempo até que o calmante faça efeito. – disse um dos médicos.
-tudo bem!
Os médicos saíram e eu continuei afirmando:
-não tinha freio!  Tinha uma luz...
-xiiiii! Calma! Você não teve culpa!
-eu... – não consegui terminar a frase, o calmante acabou me fazendo dormir.
O Luan continuou ali, agora me observando. Como eu estava frágil. Observando o contorno do meu rosto, tudo em mim. ficou me olhando por mais alguns minutos e saiu, afinal ainda tinha um show pra fazer na minha cidade.
No dia seguinte, acordei chamando pelo nome do Luan; talvez por ter sido o último a falar comigo.
O Luan em algum dia da semana teria que passar no hospital pra arrumar a papelada sobre o acidente.
A manhã passou praticamente se arrastando, hora olhava pro teto, hora pensava no Luan e no acidente, hora dormia. Não tinha o que fazer, a não ser pensar muito em tudo o que aconteceu. A tarde chegou e eu passava a maior parte do tempo dormindo. Dois dias se passaram e eu havia tido uma perceptiva melhora. Toda a tarde a Tati; minha enfermeira preferida, que tinha se tornado uma grande amiga me levava pra dar uma volta pelo jardim. Ela era minha única companhia, já que morava sozinha, só recebia visitas da Maah e da Mel.
Estava conversando com a tati tranquilamente quando notei a presença de um carro preto, vidros escuros, e vários seguranças ao redor, era ele; saiu do carro, estava com uma calça jeans colada, camisa de listra com uma jaqueta por cima.                                                                                             

 Olhou em minha direção, me reconheceu. Quando começou a se aproximar a Tati saiu de fininho. Minhas mãos começaram a suar.
-Oi! – disse ele com um sorriso perfeito nos lábios.
-Oi! – disse dando um sorriso de canto.
-vejo que ta bem melhor que da última vez né muié!
-é! Ainda bem! rs
-com certeza! Bom te encontrar, queria pedir desculpas pelo que o Anderson disse.
-eu que devo desculpas! Bati no seu ônibus! – disse um pouco envergonhada – mais eu vou pagar o concerto ta!
-bem capaz que eu vou deixar rapaz! rs olha linda é só você se recuperar que ta ótimo! – ele me olhava de um jeito diferente. – só não entendo como uma menina tão linda sofreu um acidente desses!
 -er... ta com pressa?
-não! Pode falar!
-não é longo.  É que tava perto da curva, pista molhada, decidi frear; só então notei que o carro tava sem freio. Juntando isso com a luz alta do seu ônibus, não vi nada na minha frente.
-então a luz do meu ônibus fez você bater?
-claro que não! Não foi isso que eu disse!
-eu sei linda! Você podia me dar seu celular né?
-queria essa facilidade em mudar de assunto! rsrs olha Luan, você tem o celular bem melhor que o meu sabe... – disse tirando uma com a cara dele.
-ah to vendo que ta boa rapaz! Até gracinha ta fazendo!
Passei meu número a ele.

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